helenas


"helenas" questiona como a sociedade diferencia as meninas, ainda na infância, pela cor do cabelo. Crescer em um país como o Brasil é entender, desde cedo, que os cabelos loiros são considerados o ideal, o símbolo da beleza. Quando crianças, as helenas possuem o poder da beleza angelical; quando adultas, transformam-se em musas.
Derivado do termo grego helene, helena significa “a luz brilhante”, “a bela”, “aquela que possui esplendor e luminosidade”. Sempre foi assim que enxerguei as helenas: seja a de Tróia, seja as das novelas de Manoel Carlos na Globo, seja nas mulheres da minha família ou da minha cidade natal.
Por meio da combinação de fotografias autorais e de acervos pessoais e públicos, busco ressignificar o incômodo que vivi durante a infância. Tento compreender por que nossa sociedade ainda faz essas distinções e como isso afetou, de forma negativa, minha percepção de beleza e minha autoimagem.















"helenas" é fruto de uma reflexão que surgiu durante minha participação no grupo de estudos de Irmina Walczak. Nessa jornada de construção de um trabalho autoral e no desafio de criar meu primeiro zine, comecei a refletir sobre padrões de beleza, identidade e infância, temas com os quais convivo diariamente.
O vídeo ao lado é uma prévia de helenas, que será lançado em breve.